segunda-feira, 25 de julho de 2011

26.07.2011


Foi rápido, não existiu, não foi nada de todo mas mesmo assim uma pessoa sonha, uma pessoa imagina, uma pessoa deixa-se levar! Como posso ter caído nesta armadilha outra vez! Tropeçar assim depois ter caído recentemente não dá para entender mesmo. Mas não consigo parar de pensar naquelas pequenas coisas, naquela voz, naquele toque, naquele qualquer coisa que me fazia fervilhar por dentro. Lembro-me do dia em que não queria sair dali do pé, o toque… o nada, que não passou disso! Odeio-me por gostar do que me faz mal! Pensamentos insalubres cobrem-me a mente. É o meu destino, não há como evitar! Sou demasiado ingénua nesta coisa de sentimentos. Eu acredito em palavras simples, porque essas são as únicas que uso e impregno um elevado valor. Não sou um bicho carinhoso, nem uma miúda fofinha a que todos acham piada! Sou estranha, sou à minha maneira! A Bruxa disse que me tinham rogado uma praga, uma mulher pelo valor de 40€, nunca hei-de perceber a precisão da coisa, mas enfim! Praga esta que me destinava à infelicidade e à pouca sorte! Quem quer que essa seja está a ter retorno pelo que pagou. Aqui estou eu, perdida mais uma vez num abismo de coisas estúpidas que montes de vezes assumi não acreditar, mas pelos vistos acredito. Quem me manda a mim ser tão masoquista!? É só isto que estes sentimentos me trazem: dor, vício, submissão, necessidade, tudo coisas pouco saudáveis, de cura demorada. Odeio cair com tanta facilidade neste buraco de íngreme subida. São buracos consecutivos: Há um enorme do qual nunca vou sair, outros há que não são tão grandes mas que provocaram quedas vertiginosas, é o caso actual. Estúpida eu! Que coisa mais estúpida deixar-me levar pela minha imaginação. Há coisas que podiam, aliás, deviam ter sido mais claras, mas não foram, e foi aí que a minha imaginação formou o resto. Sei bem que outros acreditavam no mesmo que eu, mas pelos vistos não, não era nada como os crédulos pintaram! Mesmo assim o pouco, o nada, significou muito e agora está nas mãos de outra, outra que não sei se sente o que eu sentia, ou se sente algo de todo! É este o meu maior problema, é uma amiga, que muitos me julgam doida por tratar como tal. Eu sei como ela é: não é perfeita está claro, mas gosto imenso dela apesar de tudo. Há variadíssimas coisas na personalidade dela que me perturbam e me preocupam, mas admito que talvez perceba os seus motivos: Gosta de ser a protagonista de tudo, é caprichosa, muito menina e uma galinha autêntica quando uma situação mais complexa se apresenta, é uma pessoa que não sabe bem o que quer (diga ela o que quiser, isto não é uma opinião, é um facto; ainda na semana passada me disse que não queria ninguém e esta semana já está “in love” por esta pessoa); é egocêntrica e, às vezes, questiono-me quais são os seus princípios, e adora ser o centro das atenções. Isto tudo é ultrapassado na maioria dos dias, mas recentemente tocou-me num ponto sensível! Não sei agora o que me dói mais: a auto-estima, a rejeição da minha pessoa, a escolha de outra pessoa, a escolha desta pessoa, ou o facto de não acreditar nos supostos sentimentos desta pessoa? Tantas dores que me doem! Ela diz que não quer perder a minha amizade, que eu estou primeiro, e outras coisas que têm como objectivo serenar esta minha dor, mas eu não quero ser esta pessoa que tem de ser serenada, quero antes que ela tenha a certeza do que sente e que não brinque com isto. Não admito passar pelo que estou a passar se não for para resultar, tem que ser asserio, se não isto não passa de um passatempo de um dor em vão. Eis que deposito a minha crença no insucesso, agora surpreendam-me!

P.S. É minha amiga e chamo-a como tal porque não admito que rapaz algum me afaste das minhas amigas, das pessoas cuja afinidade supera as outras afinidades. Rapazes há muitos, amigos há poucos e são para manter! E sim esta amiga tem características boas, bastante boas, apesar daqui só relatar às mazinhas! E há características negativas que também as posso considerar como boas: gostar de ser o centro das atenções por exemplo! Isso quem não gosta?? Sempre que estou com ela é diversão garantida: dançar e cantar no meio da rua sem qualquer problema com quem passa e olha! Quando estou em baixo ela liga, ela manda um Amo-te que me põe logo de sorriso na cara! É uma pessoa divertidíssima, com a qual podemos falar de tudo sem preconceitos ou tabus, e sem qualquer vergonha.  É uma pessoa com a qual nunca estamos sozinhos! Tenho medo de estar a ser injusta, má até, com este post! Desculpa se sim!

25.07.2011


Eu não sou essa pessoa, não sou essa pessoa, não sou essa pessoa, NÃO SOU ESSA PESSOA! Eu não sou a pessoa que se põe em primeiro lugar, não sou pessoa de pedir coisas, não sou pessoa de querer ter mais direitos do que os que tenho e conquistei, não sou pessoa de querer desmedidamente o que não é meu, não sou pessoa que inveja outra até ás ultimas consequências, não sou pessoa de tirar a outro só porque não é meu, não sou uma pessoa egoísta! Recuso-me a sentir-me culpada por relatar o meu desconforto. Eu não pedi nada, não exigi nada, nem um ultimato fiz! Não disse ou isto ou aquilo! Só queria passar uma ideia, uma ideia que só revelei porque não queria confusões. Eu sei que se eu não dissesse, alguém ia dizer por mim, para me defender de mim própria, das minhas manias de me subjugar ao outro! Na verdade agora que disse o que tinha a dizer, embora de uma maneira bastante inócua, acho que não devia ter dito nada! Não me admito ser esta pessoa, aliás, que me usem como pretexto para magoar terceiro. Eu já sei que sair magoada é o normal, o óbvio, o inevitável e por isso só pedi alguma discrição pelo menos por agora! Há coisas que não passam de um dia para o outro, nem de uma semana para a outra, e talvez nem de um mês para o outro, mas o certo é que vai doer cada vez menos, a ideia que me causa dor vai-se tornar inofensiva com o tempo, só é necessária alguma habituação e preparação para situações mais flagrantes! Não admito o que estou a sentir de momento: da minha parte e não só! Não permito que a minha dor miserável seja desculpa para uma outra de alguém que não quero que sofra de todo!

25.07.2011


Mais um dia, mais uma cara! Sou uma actriz magnífica! O meu politicamente correcto torna a minha face adequada às situações que se apresentam. Sou o que a minha cabeça considera correcto. Sou uma versão pública de mim mesma. Sou para os outros, mais do que para mim mesma. Sou isto tudo e mesmo assim consigo ser má! Sou má quando não sei o que quero, sou má quando aceito e recuso logo a seguir, sou má sem querer.

domingo, 24 de julho de 2011

24.07.2011


Há dias em que quero ser má: politicamente incorrecta será o termo apropriado. Nesses dias não quero ouvir os “deves” que me pregam, quero apenas olhar e esquecer a palavra “consequências”. Ser inconsequente é uma necessidade muitas vezes. O pensar em tudo trás tantas complicações o que faz com que me pergunte se devemos pensar de todo!? Ás vezes queria-me libertar de todos os convencionalismos éticos e mandar tudo para um sitio! Ser para mim, só para mim era o ideal. Quero ser a CABRA que me chamam, na maioria das vezes sem qualquer razão para tal! Quero envenenar todas as palavras que digo com um tom malvado. Quero rir sarcasticamente das pessoas à minha volta: não passam de hipócritas! Quero espezinhar tantas e tantas pessoas só para me rir a seguir. Quero ver o mundo delas desabar, e não me sentir culpada por desejar tal coisa. Queria conseguir gostar mais de mim do que dos outros, principalmente quando me magoam, mas não consigo. A verdade é que a minha veia maléfica está esmagada com todos os outros circuitos sanguíneos que me tornam benigna. Sou boa de mais tantas vezes, e tantas são as vezes que os verdadeiros amigos me dizem para acordar e me fazer à vida, e eu ignoro por completo porque não quero criar atrito. Sou boa de mais mesmo quando tento ser má! Tenho sempre uma lógica rançosamente benigna a perturbar-me as tentativas de ser má, como eu no meu interior desejo ser! Qualquer dia a minha veia maligna rebenta e aí veremos quem eu quero ser: Implacável, sem perdão, determinada, e segura de mim.

sábado, 23 de julho de 2011

23.07.2011

Eu minimizo, minimizo tudo para tornar a dor, qualquer que seja ela, imperceptível aos que me rodeiam! Sofro em silêncio! Não me acho no direito de sentir variadíssimas coisas, de tal forma que as escondo no local mais profundo da minha mente e desabafo no escuro da noite. Há lágrimas que caem e não sei bem porquê! Há dores que doem mesmo quando sorrio, quando faço a minha vida normal como se nada tivesse acontecido. Há dores que silencio porque acredito que expressá-las apenas significaria humilhação. Há palavras que penso vezes e vezes sem conta sem nunca as verbalizar. Há dias que parece que não dói nada, há outros que trazem toda a dor ao de cima sem perdão. Há dores que chegam ao ridículo de me deixar sem saber o que fazer: rir ou chorar. Há dores que doem só por doer, que corroem tudo até poderem. Há dores que se pegam, que se infiltram, que se propagam. Há dores que doem mesmo sem doer de facto. Há dores que magoam e outras que doem a sério! O silêncio doloroso que me completa nos momentos da solidão acaba por se fazer ouvir quando alguém mais atento vê a dor no olhar, na palavra trémula, no sorriso forçado, no “qualquer coisa” em mim que provoca preocupação. Há pessoas, poucas pessoas, que são capazes de ver além da máscara, que conseguem extorquir essa dor irracional de dentro de mim. Essas pessoas, essas poucas pessoas, pouquíssimas pessoas mesmo, são as únicas que compreendem além das minhas palavras, percebem os meus silêncios, e, acima de tudo, destroem essa dor silenciada. Já disse antes e volto a dizer: Tenho um exército pessoal de amigos. É um exército pequenino, especial e único, capaz de coisas magníficas! Este exército é composto por duas pessoas especiais, as mais especiais de todas, as mais importantes, as mais verdadeiras, as mais sinceras: Patrícia e Sara. Sem elas eu não era mais do que mais uma pessoa a deambular na vida, barafustando com tudo e todos só por não arranjar explicações plausíveis para as coisas, para os porquês da vida enfim! Elas dão o sentido às minhas questões existenciais e às minhas dores que, na minha cabeça pouco orgulhosa, são completamente irracionais.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

09.07.2011


Amigos, que palavra mais difícil de definir na sua completude. Há dias em que parecem ser fantásticos, e pessoas racionalmente preparadas para lidar com todas as situações que uma amizade óbvia vai trazer; e outros em que parece que são pessoas que desconhecemos completamente. Mesmo tentando aceitar até o Eu deles que menos gosto há dias que se torna insuperável acreditar que essa pessoa seja a mesma dos outros dias, aliás, que há algo nessa pessoa que gostemos de todo. Se há coisa que eu odeio acima de tudo é hipocrisia, ciúme, infantilidade e pessoas mal-agradecidas. Não me podem acusar de ser uma amiga que se preocupa pouco, nem que não quero saber das pessoas se não receber algo em troca! Quantas vezes fiquei eu prejudicada no meio disto tudo? E nem precisam de ser amigos para eu dar sem receber. Sou altruísta, tão simples quanto isso! Como podem chamar irresponsável se tudo o que faço é responsabilizar-me em situações em que a responsabilidade não é minha de todo!? Eu dou e não peço nada em troca sem ser talvez uma amizade genuína, mas às vezes nem isso! Eu sou tolerante, aturo esses traços que menos gosto porque é facto que é impossível encontrar uma pessoa perfeita, na qual não encontramos nada que não gostemos. Eu própria estou cheia de defeitos, mas assumo os meus erros quando de erros reais se tratam, e eu tenha directa ou indirectamente culpa ou consciência ou não de que os cometi. Não sei se estou a ser injusta de algum ponto de vista, mas creio que não! Tenho razão para estar chateada, no mínimo dos mínimos. Ataques de ciúmes não são saudáveis quando chegam a este ponto. Sim, tens ciúmes de algo, mas isso não é condição para seres menos amiga por causa disso! “Dói? Coça!” Um bocado de mais compreensão não faz mal a ninguém. Não sou bêbeda nenhuma, nem irresponsável nenhuma! Acontece alguma coisa? Pois, se calhar acontece, mas eu estou lá quando precisam! Acidentes acontecem e eu dou a mão sem pedir nada em troca! Não admito que me acuses de faltas tão grandes como amiga! Eu estou lá, realmente não será a noite que imagino, mas os amigos estão em primeiro lugar, e se acabar tudo em bem no fim da noite dou-me mais que feliz porque cumpri o meu dever como amiga. Não dancei mais, pois não, mas pelo menos no dia a seguir temos algo que num futuro não muito longínquo poderá vir a ser a causa de umas belas gargalhadas! Também não dormi muito, mas quero lá saber de horas de sono se o propósito é bem maior do que a falta! Montes de coisas neste momento me passam pela cabeça, obviamente que não são agradáveis, mas sob pena de ofender alguém e de me vir a arrepender de tal coisa fico-me por aqui! Tenho o bom senso para agir de tal forma mais contida do que devia, ao contrário de uma pessoa que se deixasse levar pelo momento. No meio desta coisa tudo só vejo duas possíveis soluções, sou capaz de ambas porque enfim… o ataque de ciúme é só uma pequena parte de ti e sei que gosto de ti acima de tudo, e tenho a capacidade de agir como se nada tivesse acontecido; outra solução seria exigir um pedido de desculpa (opção altamente improvável, porque certamente o teu orgulho vai achar que não fizeste, nem disseste nada de mal). That’s up to you now! Eu já estou habituada a engolir o meu orgulho por amizades, mas um pedido de desculpas seria um ponto a favor do teu carácter, e certamente uma solução mais plausível e real do que a que me parece mais provável conhecendo-te como te conheço. Enfim, fartei-me disto.