Ando perdida, sem emoção e uso tudo o que é mau para encontrar algo que seja! Tive tanto tempo a ser a menina perfeita que agora não me sei comportar. Ando num tudo ou nada, numa montanha russa de certo/errado inimaginável para mim á uns tempos atrás e para muitos que sempre me conheceram. Em muita coisa já não me reconheço de todo: os meus princípios modelam-se a estas novas sensações. Verdade seja dita, os princípios mais “libertinos” já os tinha antes, mas neguei-os durante demasiado tempo. Ando mais brusca com os factos da vida e ando a ignorar as consequências no momento dos acontecimentos: sigo, agora, o meu instinto mais animal de forma a encontrar algo que me apaixone de novo. Talvez ande à procura nos locais errados, aliás: de certeza que ando a procurar nos sítios errados!
Consegui colocação na faculdade que queria e agora vou ter um novo começo: sou caloira de novo! Nestes últimos meses andei perdida e agora tenho algo em que me focar. Podem-se perguntar se não o tinha também antes, mas de facto não tinha visto que não tinha quaisquer obrigações, só tédio por não as ter e tempo de mais para pensar sobre isso. O verão foi fantástico, mas completamente sem frutos a nível profissional. Diverti-me e tive muitas experiências que antes não me atreveria a tentar. O meu verão foi fantástico, o meu verão foi o melhor verão da minha vida, o meu verão serviu para aprender a pintar o mundo de cinzento em vez do anterior preto e branco! Ás vezes temos de ignorar o certo e errado que as pessoas ditam para dar espaço para encontrarmos o nosso certo e errado. Há coisas que sei hoje que não são necessariamente branco ou preto, há mais sobre elas que as pessoas normalmente admitem, aliás, há coisas que não são erradas de todo mas os convencionalismos morais da nossa sociedade fazem com que nos sintamos culpados por um crime que não é crime de todo! O mais importante nesta situação toda é mesmo o sabermos o que para nós é certo e errado. As outras pessoas não interessam minimamente, aliás, interessam mas não podemos deixar que isso nos vede uma expansão do nosso próprio ser! Temos de definir o que realmente interessa, temos de ser o guia do nosso próprio destino, temos de ter os pés bem assentes no chão e não permitir que ventos e tempestades deturpem essa “cola” só nossa! Temos de nos responsabilizar pelas consequências, independentemente de as termos provocado consciente ou inconscientemente. Temos de ser nós! Temos de colocar palas nos ouvidos e olhos quando existe muito “barulho” e “poluição” à nossa volta. Arrependimentos não podem ser vistos como uma coisa simplesmente negativa, temos de os aceitar como uma experiência que nos trouxe até onde chegamos. Mais tenho a dizer: Não me podem chamar de irresponsável quando faço algo sobre o qual não pensei, visto que independentemente do resultado eu estou disposta a culpar-me, desculpar-me ou absolver-me se for esse o caso! É esta a coisa que acho mais importante sobre ser-se ADULTO: responsabilizarmo-nos pelos nosso actos! Além destas “lições” este verão aprendi, quero dizer, confirmei a minha teoria de “Amigas amigas, namorados á parte”. Muitos acham-me estúpida em manter tal amiga, mas eu acho estúpido colocar sequer isso em causa já que sei que não se escolhe de quem se gosta e ela agiu impecavelmente comigo – apesar de nos meus piores momentos ter levado até o correcto a mal. Segui em frente e estou feliz por seguir o meu pensamento e engolir o orgulho, desrespeitar-me um pouco para conseguir aceitar o que aconteceu e até ficar feliz sobre isso.
Aprendi ainda muita coisa importante sobre mim mesmo e sobre os meus pontos fracos: Ás vezes não sei dizer que não, não sei pôr-me de pé e defender-me, isto porque nunca gostei de criar confusão e odeio quem a cria. A verdade é que fui educada para pensar que não interessa o que os outros pensam, por isso talvez tenha criado resistências capazes de ignorar grande parte destas coisas que deveriam provocar em mim uma reacção híper violenta! De qualquer forma acho que levei isto demasiado à letra, e penso que tenho de moderar isso um pouco!
O meu verão foi, sem duvida alguma, bastante educativo sobre mim própria apesar de todos os erros que sei que cometi! Não me arrependo efectivamente de nada! Do que fiz menos bem fica só a memória hilariante de que deveria ter sido feito de outra forma!