quinta-feira, 30 de junho de 2011

30.06.2011


Dias hão-de passar e vou continuar a achar que tenho razão, a verdade é que a minha visão do mundo não mudou em relação a mim própria, apenas em relação aos outros que me julgam sempre. A vida é simples, nós é que complicamos, aliás, essa coisa de julgar é apenas isso: complicações, mas não é por isso que abdicamos das nossas crenças fundadas na razão. Tudo o que nos rodeia apenas tem como objectivo apagar-nos a nós e estandardizar-nos a uma moral supostamente correcta. Essa coisa de nos sujeitar-mos à vontade dos outros é historicamente negativa, por isso, para quê insistirem em formar uma moral positivada de certo e errado? Todos podem acreditar no que querem, apenas a força moral individual de cada um nos vai fazer sermos como somos! Muitos dos que me julgam devem internamente acreditar no mesmo que eu, apenas não se dão ao trabalho de se rebelarem contra a esta normalidade doentia a que querem chamar de correcto. Eu recuso-me a seguir o caminho que todos seguem apenas por ser o que as palas permitem ver. Quero fazer a minha própria moral, e viver por ela. O meu correcto não tem de ser correcto para toda a gente, apenas o legalmente correcto que o país me permite! E assim concluo com esta vontade imbatível de querer continuar a ser Eu, mesmo que não agrade a todos, ou a ninguém de todo!

28.06.2011


Sinto um enorme vazio emocional que aparentemente não tem como se preencher. Este vazio surge da situação de não saber bem o que quero. Não gosto de estar assim, mas acho que é saudável o facto de admiti-lo. Pelo menos sou honesta comigo mesma e com os outros. Não acho, porém, que seja moralmente errado sentir-me assim – vazia -, acho até que todos passamos por isso em determinadas alturas da vida, e sublinho: nada disto se relaciona com a minha idade! Já me senti assim antes, e agora sinto-me outra vez, e acredito profundamente que este sentimento voltará, tal como o sarampo que nos ataca vezes sem conta numa vida independentemente da nossa idade! Não imagino maneiras para solucionar este vazio, esta falta de emoção, mas acredito que é daquelas coisas para as quais temos de esperar para ver. Não há solução imediata, só o tempo trará o preenchimento necessário.

27.06.2011


Estes últimos tempos têm sido esclarecedores: pessoas em que podemos confiar são poucas; ex-namorados rancorosos nunca serão nossos amigos e vão sempre julgar que o que fazemos é para os afectar! Apesar de tudo continua a achar que nada fiz de mal. Como pode um ex que desiste da nossa relação acusar-nos de não o respeitar, de nunca ter gostado realmente dele?? Como pode ele sequer ponderar essa hipótese? Que direito pensa ele que tem para dizer que fui a maior decepção dele? Eu não fui mais que eu própria! Eu fui o que sempre fui. Eu com namorado sou uma coisa: sou fiel, interessada e luto até não haver mais por onde lutar! Sem namorado e sem gostar de ninguém, quero-me divertir e não prestar contas a ninguém. E mais! Como pode ele dizer tal coisa se a nossa própria relação surgiu numa situação de inconstância emocional!? Não pode, não tem esse direito! Ele que tenha ciúmes no seu canto, cos’ life goes on! Coincidência de estar com um amigo dele, não foi de propósito e não significa desrespeito, apenas um facto inconveniente! Não pensei nele como um amigo do meu ex-namorado, mas como um amigo meu com o qual já tenho história. Além de que se há culpado a acusar teremos de responsabilizar-nos a todos e não me ponho em primeiro lugar, porque a situação não se tinha posto sequer se o meu ex me tivesse respeitado em primeiro lugar como namorada e tivesse lutado pela pessoa que dizia gostar! O amigo culpabiliza-se na medida em que estava em plena consciência quando a coisa se deu e cometeu um acto premeditado! A minha culpa nesta situação é ter uma moral de certo/errado bastante agreste: A partir do momento em que estou solteira e não ando com mais ninguém faço o que quero e não pode ser considerada traição seja com quem for! Outra culpa minha é confiar demais! Não me arrependo, porque estava em pleno funcionamento das minhas funções mentais! Só me acho no direito de me arrepender sobre coisas que deixei por fazer. Já me preocupei de mais com o meu ex-namorado, que diz gostar de mim e conhecer-me mas afinal… o que interessa é o que os outros lhe dizem, o que interessa é que eu estou a interferir na vida dele, o que interessa é que foi com um amigo dele, o que interessa é que lhe devo respeito. Interesses sobre ele exclusivamente! Fica descansado de agora em diante porque de duas umas: ou não vens a saber de nada porque ninguém que se relacione contigo vai saber de nada que se passe comigo, ou cago em ti e faço a minha vida como se fosses um desconhecido. Quando tu me respeitares a mim eu respeito-te, mas respeitar-te não significa abdicar da minha vida porque te vai prejudicar, mas sim aceitar e lidar com as situações para suavizar a coisa! Desde já o suposto amigo não foi amigo de nenhum dos dois e ainda se vai vitimizar no meio desta história? Querido aceita as coisas como elas são ou carrega-as com a tua moralidade super-preconceituosa esfregada com preconceitos dos outros que te rodeiam! Acredita no que te dizem: Que não valho a pena, que sou uma grande cabra, que não te ligo nenhuma, que sou egoísta, que nunca gostei de ti! Acredita nessa merda toda se te ajudar a odiar-me mais e a deixares de gostar de mim. Agora se pensas que andei 3 anos e 2 meses contigo só para passar o tempo e para me sujeitar a todas as coisas a que me sujeitei, é ridículo! Se eu não tivesse gostado de ti não andava contigo, não me sujeitava tanto tempo às tuas faltas enquanto namorado, não me dava ao trabalho de discutir contigo as situações vezes e vezes sem conta! Sabes… agora invejo amigos que discutem muito com os seus namorados, é sinal que ambos se preocupam em lutar pela relação. Tu desistes-te de mim ainda eu andava apaixonada por ti, a forçar monólogos para ver se acordavas, a sujeitar-me às mil e umas coisas que nos destruíram e me humilhavam constantemente! Não penses que tens o direito de te queixares do caminho que eu escolher porque apagaste-me das tuas preocupações muitos meses antes de terminar-mos! Tu não tens o direito de ainda gostares de mim, aliás de dizeres sequer que gostas de mim! Tu sofres porque acabamos, eu sofri porque insisti em gostar de ti quando tu claramente já não querias que gostasse de ti! Julgaste-me eternamente assegurada e um dia acordei e ponderei o que seria melhor: continuar a lutar por ti até me odiar e odiar-te a ti consequentemente, ou acabar antes de entrar em ebulição! Decidi gostar mais de mim e respeitar o que Eu quero, antes do que os outros querem! Tu sim magoaste-me de mil e uma maneiras, mas sabes que mais, para a próxima vem com mais força: mais lágrimas derramadas serão apenas o elixir para continuar em frente e cada vez menos olhar para traz e para quem claramente nunca foi merecedor do meu tempo!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

15.06.2011


Mais uma vez as palavras soaram mal. Não tive intenção de insultar ninguém, simplesmente eu estou num momento da minha vida que não sei o que quero. Certo é que estou a ser sincera quando digo isto, muito sincera. Só eu sei o mal que esta situação me faz, mas é a verdade mais pura que tenho. Admitir isto custa, mas tem de ser dito. Insultei de alguma forma alguém? Como pode? Não pode porque não existe nada, não existe sequer um sentimento, ou pré-sentimento que seja que possa fazer que esta minha situação afecte alguém. E eis que posso dizer que da minha parte já houve e não sei se quero que haja de novo um possível sentimento e quem saíu insultada foi moi! Não sei bem o que quero, não sei se quero alguma coisa de todo, mas gostava que alguém me ajudasse, aliás que houvesse alguém que não me pressionasse a querer alguma coisa de todo. Não vale a pena forçar nada, e neste momento já estou a sentir uma pressão imensa que dispensava completamente. Há coisas que acontecem se tiverem que acontecer, se no momento parecer certo porque não!?, mas se não for o momento não acontece e pronto.

terça-feira, 14 de junho de 2011

14.06.2011


Este Post é dedicado à minha melhor amiga de infância e da vida toda para dizer a verdade: Ana Patrícia Teles Perdigoto.

A Patrícia é aquela pessoa que muita gente olha e diz “Txi que gandas trombas!”, mas de facto o que essas trombas significam, e quem lhe é próximo sabe-o bem, é “Estou com sono, quero dormir, preciso de dormir, acordo todos os dias às 5 da manhã e bla bla bla”. Eu conheço este discurso, ela faz questão de o repetir quando numa tentativa mais ousada do nosso grupo a convidamos para vir às noite para o miradouro sem pré-aviso de umas belas horas, sim… porque se for pa sair à noite ela tem de dormir a sesta à tarde! Ou seja, com este parágrafo enorme enuncio uma característica muito importante da Patrícia: é uma dorminhoca, uma preguiça autêntica!
A Patrícia é a primeira a pessoa a rir quando nós damos um belo bate-cu no chão, nem precisa ser mesmo um bate-cu literalmente, chega assim um tropeção cómico que já é motivo para gargalhada séria e duradoura. Podem pensar que isto é mau, mas vejamos: a pessoa que faz o dito bate-cu aleija-se, a Patrícia começa-se a rir como uma perdida, a pessoa chora porque doi cair e aleijar-se claro, mas é então que o choro se transforma em riso porque a Patrícia não pára de rir e contagia-nos com esse bichinho hilariante até nos levantarmos, ou até se esquecer do dito trambolhão! Eis outra característica: Gosta de gozar com a desgraça alheia!
A Patrícia é aquela amiga pudica, que embora diga eu NUNCA a muita coisa, continua a ser a primeira na linha da frente para saber a ultima noticia que vai traumatizar toda a gente, ela inclusive. Outras características: Pudica e coscuvilheira!
A Patrícia é a razão pela qual muitos dos nossos planos não vão avante, ela diz que SIM, SIM, SIM, até dizer afinal não vai dar vou fazer isto ou aquilo, ou tenho de DURMIR tá claro!
A Patrícia não é muito viajada, mas foi um mês para Luxemburgo que era suposto durar mais, mas voltou mais cedo! Deixou cá pessoal, eu claro que chorei e chorou ela no dia da partida.
A Patrícia gosta de saber todos os podres de toda a gente, logo as nossas conversas são sempre super interessantes! Mas claro que isso não a define. Ela ao contrário de mim tem muito jeito com as pessoas (até está a estudar pa trabalhar com criancinhas- trauma!) por isso quando nós estamos mal – exceptuando a situação dos trambolhões, tropeções, ou figuras ridículas de qualquer género – ela sabe sempre o que dizer para nos sentir melhor, até nos faz rir, mesmo que a gargalhada demore a sair!
A Patrícia é a minha melhor amiga, mas nem tudo são flores: de que me lembro tivemos duas grandes zangas! Uma foi estúpida, por causa de um baloiço (lembras-te Patrícia) e a segunda foi uma parvoíce porque eu tenho a mania de ser honesta e daquela vez falei de mais (mas desta vez não foram precisas desculpas porque eu não fiz nada de mal do meu ponto de vista). Voltámos sempre a mesma parvalheira!
Os anos foram passando e é facto que estamos pouquíssimo tempo juntas, mas o que é bom em amigos de infância é que quando retomamos o contacto parece que nunca o perdemos, nós conhecemo-nos bem de mais uma à outra!
Mulher Amo-te para a vida! Nunca me faltes, porque a minha vida sem ti não era a mesma coisa!
I’ll always be there for you, like i know that you’ll be there for me too.

15.06.2011


Há coincidências na vida, mas há algumas que parecem de propósito, tal como peças de dominó: quando uma peça cai as outras seguem-lhe! Actualmente vejo pessoas a separarem-se, pessoas nas quais via um exemplo de relações com futuro. Hoje recebi mais uma dessas noticias e é nestes momentos que me sinto uma má amiga! Não sei o que fazer para melhorar a situação, não sei o que dizer para confortar uma pessoa! As minhas tentativas são rebuscadas e acho que pouco eficientes, mas enfim tento! Odeio ver amigos a sofrer e a minha empatia põe-me em baixo em segundos. Gostava de saber o que dizer e o que fazer nestas situações, mas não sei! Eu digo “I’ll always be there for you”, e é sentido, mas no momento da acção acho que não ajo da melhor maneira! Eu estou lá para ouvir, para reconfortar com um abraço, para dizer vamos sair, vamos espairecer, mas faltam-me as palavras, aliás falta-me o tato para lidar com estas situações. Enfim, mas acho que no fim de contas isso não faz de mim uma má amiga, só uma pessoa socialmente incapacitada! Peço as maiores desculpas por isso, mas é o que eu posso arranjar!