quinta-feira, 3 de novembro de 2011

01.11.2011

O tempo passa sem eu ter qualquer controlo pela velocidade que me ultrapassa. Sinto-me cada vez mais como um espectador desatento da minha própria realidade, é como se eu não soubesse como as coisas me acontecem. Estou farta de assistir e sentir esta desmotivação patológica que não me leva a lado nenhum. Eu quero qualquer coisa, eu quero mais, e nestes últimos dias acho que quero cada vez menos seja lá o que seja isso! Estou perdida nesta monotonia diária, nesta falta de emoção, falta de revolta, falta de qualquer coisa que não sei o que é. Este "não sei quê" abate-me profundamente: vai-se a motivação, vai-se a auto-estima, vai-se o sonho, vai-se a vontade, vai-se o querer! Sinto-me vazia, com um cheio de nada que não me preenche. Tenho uma falta de paixão! Sabem, conheci uma pessoa que invejo profundamente. Um rapaz com uma paixão que o transcende, quando ele fala sobre essa paixão os olhos dele brilham, quando fala sobre isso ele fica eufórico! Só tenho pena que não haja nada neste mundo que me faça sentir assim... nada mesmo.  Começo a acreditar que sou acrática por natureza! mais descobertas inquietante sobre mim: Eu não acredito em nada, e isso é só mais uma razão para viver nesta infelicidade emotiva. Não há como ser feliz se não tenho fé em nada, estou condenada a perder-me no espaço e no tempo porque me falta a luz! Aquela minha amiga deve ter razão no que me disse: desistes sempre, não lutas por nada! É verdade, admito! Não sei lutar, isso é para mim qualquer coisa que envolve fé, ou seja, algo que exige que eu tenha fé em mim própria e na minha capacidade de alterar as situações. Na maior parte das vezes não tenho como o fazer, por isso de que forma é suposto lutar!? Se é trabalho que tenho de dar, eu dou, eu trabalho eu esforço-me, mas se for algo mais subjectivo não sei para onde me virar! Como faço para lutar por algo que parece utópico? A minha racionalidade não me permite sequer por tais ideias em questão. Talvez conseguisse alguma coisa se houvesse algo a despoletar paixão em mim, mas não há! Isso implicaria que apagasse toda a minha consciência!

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