Hoje fui a uma entrevista de trabalho e fizeram-me falar sobre mim, tópico que me traz várias dificuldades. Por onde começar? Do que falar? E passando os assuntos básicos – formação e experiência profissional – segue-se um silêncio. É difícil falarmos de nós próprios quando queremos mostrar o melhor de nós, queremos “vender-nos”, e os argumentos a favor parece que são os mais difíceis de apresentar. O que é bom aos nossos olhos pode não o ser aos olhos dos outros, simples! Os defeitos também nos causam dificuldades, porque há defeitos e “defeitos”, e nesse aspecto vamos sempre para os óbvios que se aplicam a toda a gente: sou teimosa! Fantástico! O que é que este adjectivo diz realmente sobre nós? Eu não sei, eu não percebo. Pois, sou teimosa porque… e volta o silêncio! Há coisas que acho que não podemos saber sobre nós próprios, ou pelo menos entender sozinhos, só os outros sabem! Quando tentamos auto-avaliar-nos baseamos-nos em quê? Resposta óbvia mas mascarada é esta: No que os outros pensam, ou seja, vamos ser o que os outros querem que nos sejamos. Pura psicologia! E perguntem-se se será mesmo assim!? É, não há maneira de contradizer esta ideia, pelo menos não realisticamente! Sim, podemos dizer, gritar até, que “Não interessa o que os outros pensam”, mas a realidade é outra! Os outros moldam a maneira como nos vêmos!
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